De certeza que já aqui disse que os macacos são dos meus animais preferidos. A minha perspectiva é que são meio-animais, meio-humanos. Se tivesse de escolher um animal completo, então seria a vaca. Mas os macacos que pertencem às espécies mais pacíficas, conseguem ser ternurentos e sociáveis. Se calhar não serão tão mansos assim, mas estava a ouvir aquela canção All Flowers In Time Bend Towards The Sun e Elizabeth Fraser a dizer “my eyes are a baptism” porque é preciso olhar com admiração e concordar que a Natureza é que soube sempre tudo antes de nascermos. E somente tentamos dar uma noção mais humana ao planeta. Fazer com que tudo esteja à nossa medida. O reino vegetal parece aceitar isto bem, as árvores crescem sozinhas, a relva em direcção ao céu independentemente das vezes que a rasamos em comprimento. Os animais têm outra dispersão de movimento. Alguns nos seus terrenos à parte, outros que vivem enquanto nossa propriedade. Mas existem lugares intermédios onde os deixamos viver num limbo entre cativeiro e liberdade. Gostava de me decidir pela segunda mas não sei exactamente se o excesso de visitas os tornará domésticos, como no Monkey Park. Mas parecem não se importar connosco. Primeiro, a escalada entre a montanha durante cerca de 20 minutos. O Allan Su explica bem em video o trilho a percorrer num dia de verão. Eu consegui algumas fotografias com pretensão de ilustrar o parque e a paisagem. Não há autorização para tocarmos nos animais mas há outras formas de interagir sem jaulas pelo meio, porque eles estão num estado mais ou menos à sua medida. Os macacos pequeninos são as estrelas do parque e o alvo das objectivas. As feições são tão perfeitas, os olhos espertos, os pequenos dedos-garra agarrados aos galhos num equilíbrio natural. O lugar é belíssimo, apresenta uma vista panorâmica inspiradora e as cores são fortes mas harmónicas pelo menos antes do Sol descer.

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