Marsaxlokk, no Primeiro de Janeiro

A taxista enganou-se no caminho. Pensei que – talvez devido à pandemia – estivesse confusa para me largar no Porto da zona industrial de uma vila próxima. Foi a primeira vez que me aconteceu um motorista de táxi voltar atrás para corrigir um trajecto pedido. E, mais interessante ainda, é pensar que a viagem havia sido paga através de uma aplicação local para o telemóvel. Marsaxlokk foi o lugar escolhido para o primeiro almoço de 2021. A marginal da aldeia piscatória exibe os coloridos barcos malteses chamados “luzzu”, servindo de panorama perfeito nos restaurantes ao ar livre, onde as mesas são carregadas para a primeira linha de água. Depois de sentar, são entregues mantinhas quentes para as pernas dos clientes. Não é que estivesse muito frio, mas depois da longa noite de passagem de ano, apetece algum conforto naquele início de tarde. Depois, deambulei na área. As estátuas de bronze dos pescadores, os bancos coloridos, os barcos tradicionais dentro e fora de água, são objectos característicos e bastante fotografáveis. Imaginei os passeios e as praças em dias normais de verão repletos de turistas. Este ano, pouca gente teve coragem ou vontade de viajar.

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