The Chedi Muscat (Omã)

Nome budista para Stupa, espaço de meditação. Ali, um lugar onde se chega e sente o carinho de ser bem-recebido e o prazer da contemplação. Depois da recepção, um amplo espaço arábico de passagem, confortável, repleto de luminárias, almofadões e tecidos de primeira qualidade. Sento-me. Admiro os arcos em estilo gótico do salão. Chega um tabuleiro com welcome drinks. As malas são levadas para o quarto. O corredor dá para um segundo corredor. Depois um elevador e, alguns passos à frente, a porta do quarto. Está um pouco escuro mas rodo o pauzinho que guia as ripas de madeira das portadas e sinto o calor que se liberta dos vidros. Finalmente, abro a portada da varanda para dizer: “Este é o hotel mais bonito onde alguma vez fiquei“. Pela simplicidade requintada do ambiente, pela linha do mar ao fundo separando-se do céu, pelos espaços de água entre palmeiras, pelo som dos passarinhos, por tudo. Porque mais do que estar na varanda é a paisagem da varanda a invadir-me os sentidos. Mais tarde, há que explorar melhor o recinto. A tranquilidade de um resort dividido em várias áreas para banhos, incluindo uma língua de areia na boca do Golfo de Omã, onde as pessoas não se aglomeram perto uma das outras. As espreguiçadeiras são para quem chega primeiro. É justo que não haja reservas de espaço. Ao lado de um dos bares, a água da piscina estendida quase até ao mar, numa fusão de azuis, calmante. A arquitectura do hotel combina com a natureza porque está embutida na paisagem. As palmeiras equidistantes, os pilares imaculados. Os caminhos e as escadinhas para as áreas de lazer junto à costa estão feitos em passarelas de pedra e madeira. Há um detalhe de perfeccionismo que deslumbra e estou tão embriagada pela leveza do que vejo para desfrutar daquilo, que perco a atenção para a fotografia. A experiência assombra-me no sentido em que me sinto feliz. Para jantar, há, perto da entrada, o restaurante do Hotel com dress code para homem. Se possível, não usar calções. O menú de jantar é interessante mas a gastronomia não é local. No dia seguinte, a mesma sala transforma-se para o buffet, que é divino. Lá fora, está calor mas as espreguiçadeiras estão já tomadas. Com o Sol escaldante de Mascate também na parte ajardinada menos junto da costa, os empregados vêm distribuir espetadas de fruta e chá gelado. A música ambiente de dia chega dos pássaros, à noite vem só das ondas. E, antes de regressar ao Kuwait, vem-me uma voz que me diz baixinho que já apetece voltar.

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