Faças o que fizeres não abras a janela aos babuínos

No percurso para Ngorongoro eu, que desde sempre adorei macacos, não quis perder a oportunidade de atirar fruta para os primatas que se multiplicavam à beira da estrada. O problema é que abertas as janelas, estes animais saltam, procurando entrar nos jipes em busca de alimento. Foi o que aconteceu: as garras de um babuíno rapidamente se fixaram na janela aberta e a cabeça, em menos de segundos, entrava já também. O momento que se seguia entre gritos (e lembro-me de me encolher e sucumbir ao pânico) fazia antever um desfecho trágico para a viagem. Mas o nosso motorista e guia, habituado a estas aventuras, empurrou de imediato (desde o assento da frente e com o carro em andamento) o animal para fora do jipe. Este episódio foi bastante marcante durante o safari. Não pudemos fotografar o susto de ter a cabeça do babuíno a tocar na minha cara, nem o instante em que o meu corpo todo tremia e, perdida em gargalhadas (pela felicidade da sobrevivência!), só me ocorria pensar na importância de, durante um safari, se respeitarem as fronteiras entre a vida normal na redoma do jipe e a realidade selvagem da fauna lá fora. Na verdade, tal como África é dos africanos, também a selva é dos animais.

BabuínosBabuínos na estradaBabuínos em famíliaBabuíno

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